
A década de 60 ou anos rebeldes como ficou conhecida posteriormente foi uma década marcada principalmente pelos movimentos de contracultura jovem, pelo colapso do modernismo e do boom econômico vivenciado pelos anos dourados. Sem contar, é claro pelos movimentos artísticos que tanto influenciaram no design nos anos 60 em especial o Pop, Opart e o Psicodelismo. No campo politico é marcada, sobretudo, pela guerra fria personificada na construção do muro de Berlim em 61, pelo assassinato do presidente Kennedy e Martin Luther King, início da ditadura no Brasile no final do século a guerra do Vietnã.
MODA

A moda dos anos 60 é marcada pelo surgimento do Prêt – à – porter. Figuras como Yves Saint-Laurent, André Courréges, Paco Rabanne, Mary Quant e Balenciaga, diminuem sua produção de alta costura para investir nessa nova empreitada.
É nesse período que surgem as minissaias na altura da coxa, para trazer conforto as mulheres que iam dançar nos bailes a noite, e junto com elas a meia - calça, que permitia mostrar as pernas sem mostrar a pele.
Fibras sintéticas foram inseridas na produção das roupaspor serem mais leves, resistentes e ajudavam a aumentar a intensidade das cores nas peças, o Pop Art e o OpArt influenciaram muito na estamparia da época, por isso esse tipo de tecido foi tão essencial.

O Street Style é o mandante da moda, nas ruas tudo o que fosse contrário à moda ditada pelos estilistas seria usado pelos jovens. O espírito de rebeldia e liberdade eram vistos claramente na roupa de cada um. O jeans ficam em alta, macacões de malha, calças mais justas, jaquetas de zíper, botas, camisas coloridas, etc.

No final dos anos 60, extremamente influenciados pelos beatniks, surgem os hippies com o movimento flowerpower. Esse grupo underground lutava pela “paz e o amor” no mundo, protestavam contra a guerra do Vietnã e a partir deles surgiram os movimentos Black Power e Women’s Lib. Tiveram influencia sobre a moda, com suas saias de patchwork, aplicações, blusas com tiedye, flores na cabeça, headbands, etc. O psicodelismo, que surgiu devido aos efeitos que as drogas causavam, eram usados em estampas de roupas e objetos em geral, principalmente nos anos 70.
Os Beatles foram ícones da moda masculina com suas jaquetas curtas, colarinho redondo e calças afiladas sem barra. A Tedd foi uma das primeiras butiques que propuseram um prêt-à – porter para os homens. Os Minets em Paris e os Mods em Londres eram um grupo que usava paletó cintado, gravatas largas e botinas. As linhas da costura começa a se aproximar do corpo fazendo com que os homens se preocupem mais com o físico. Nos Estados Unidos os homens aderem as jaquetas com zíper, golar altas, tecidos sintéticos, botas, calças mais estreitas e camisas coloridas ou estampadas.
PRODUÇÃO GRÁFICA
Os Beatles foram ícones da moda masculina com suas jaquetas curtas, colarinho redondo e calças afiladas sem barra. A Tedd foi uma das primeiras butiques que propuseram um prêt-à – porter para os homens. Os Minets em Paris e os Mods em Londres eram um grupo que usava paletó cintado, gravatas largas e botinas. As linhas da costura começa a se aproximar do corpo fazendo com que os homens se preocupem mais com o físico. Nos Estados Unidos os homens aderem as jaquetas com zíper, golar altas, tecidos sintéticos, botas, calças mais estreitas e camisas coloridas ou estampadas.
PRODUÇÃO GRÁFICA

As drogas eram legais na Califórnia até 1966, e sua influência na percepção, imitada nos concertos através das luzes estroboscópicas, era simulada no trabalho gráfico por meio de uma deslumbrante repetição de contrastes cromáticos, seja entre preto e branco, seja entre cores complementares. [...]
Um dos designers gráficos mais importantes dessa época, Wes Wilson, afirmava que escolhia suas cores a partir de suas experiências visuais com o LSD. O nome mais conhecido do grupo de designers psicodélicos da Califórnia, e o único com formação em arte, era Victor Moscovo, que estudara as cores em Yale com Josef Albers, ex-professor da Bauhaus. Moscoso combinava efeitos de vibração óptica obtidos por meio das cores com letras formais que ele tornava quase ilegíveis através de uma total equivalência entre elementos positivos e negativos: o espaço existente entre as letras e dentro delas era contrabalançado pelas próprias letras, da mesma maneira como cores adjacentes contrastam entre si com igual intensidade.
Com isso, os designers desejavam obter esses efeitos de vibração óptica através das cores e das formas das letras, que tornavam quase ilegíveis através de uma total equivalência entre elementos positivos e negativos: o espaço existente entre as letras e dentro delas era contrabalançado pelas próprias letras, da mesma maneira que as cores contrastavam entre si com igual intensidade. Há quem diga que o objetivo dessa “falta de clareza” nas letras era “garantir que ninguém acima de trinta” as lessem.

“No final dos anos 60, os estudantes e grupos de protesto dominaram as técnicas de impressão, no mais surpreendente desafio ao avanço técnico e à mídia eletrônica. Era uma reação a uma série de eventos – principalmente à guerra do Vietnã, mas também aos assassinatos de Che Guevara e Martin Luher King, em 1967 e 1968 respectivamente, seguidos pelos “eventos” de maio em Paris e pela invasão soviética da Tchecoslováquia em agosto. [...]
A inversão do preto e do branco na serigrafia, chamado de grafitti impresso era produzido em oficinas de pôster em muitos países. Era uma arma de propaganda, de resposta rápida, como se viu na Tchecoslováquia após a invasão soviética em 1968. Era usado por grupos de estudantes para estimular ondas de protesto contra as autoridades, além de servir de voz para feministas e ativistas em questões sociais.”
“Os pôsteres exerceram um importante papel nos apelos à paz e ao desarmamento, especial-mente no caso do Vietnã. Alguns deles foram realizados por designers profissionais. Em Nova York, os diretores de arte de agências de propaganda se juntaram para produzir anúncios para o Committeto Help Unsellthe War [...], nos quais utilizavam os mesmos arranjos de imagem, títulos e textos usados diariamente para vender produtos. A mais poderosa demonstração da eficácia do texto impresso e da imagem sem movimento foi produzida em 1970 pela ArtWorkersCoalition (Coalizão dos Profissionais da Arte) nos Estados Unidos, que se apropriou de conhecidas técnicas de jornalismo televisivo[...]. A uma foto colorida de aldeões vietnamitas massacrados é sobreposto um texto ampliado e toscamente impresso de uma revista feita com uma testemunha do massacre, na qual ela fala de suas ordens de forma lacônica: “P. Bebês também? R. Bebês também”. Congelada na folha impressa [...] a foto transmite ao espectador todo o seu horror.”
PRODUTO
Os hippies com seu estilo de vida natural trouxeram o uso dos móveis de vime e cana da índia, que antes eram apenas vistos em casas litorâneas. Nos anos 60, era um verdadeiro "desbunde", sentar naquelas poltronas com o encosto enorme ou ter uma cadeira pendurada na sala.
Ban-lon, helanca, poliester, tergal e lycra, nomes estranhos que ganharam o gosto popular nos anos 60, eram tecidos sintéticos. Eram práticos, pois não amarrotavam e secavam rápido após a lavagem. Porém, faziam bolinhas depois de muito uso, causam alergia em algumas pessoas, sem falar no cheiro de transpiração que ficava insuportável em contato com esse tipo de tecido.
Tudo isso culmina com os avanços da ciência, as indústrias químicas também revolucionam com as criações das fibras sintéticas e os termoplásticos. Os anos 60 pode-se dizer que foi a década do plástico, passando a ter influência fundamental na concepção e no design da época. Suas várias fórmulas tornam possível a utilização em larga escala no processo industrial.
Principais nomes no Design de Produto

Verner Panton, arquiteto e designer dinamarquês inovou com um design futurista e tecnologia nova a Pantonchair em 1960, a primeira cadeira de plástico injetado da história. A cadeira possui linhas fluídas e um formato que lembra a letra S, e também continua sendo comercializada pela Vitra na Suíça e Herman Miller nos Estados Unidos.
O designer francês Henry Massonet criou em 1968 o banco tamtam, inspirado nas colunas gregas. Em polipropileno.

O designer Vico Magestretti, inova em 1969 criando a Dálu Lamp, inspirada na era espacial, a luminária é feita de uma única peça de plástico melamina.
Outra luminária que se tornou um ícone foi a Lava Lamp da designer Ronnie Rossi em 1965 na Alemanha, a principio se chamava Astrolight, mas o empresário Adolph Wertheimer através da sua empresa LavaWorld International compra os direitos de produção nos Estados Unidos no qual muda o nome para o qual é conhecido atualmente, as variações de formas é obtido pela união de cera com óleo, que não se misturam pois a cera é mais densa que o óleo, os efeitos de iluminação foram comparadas as alucinações psicodélicas das drogas.

Outro designer de destaque nos anos 60 é o finlandês Eero Aarnio que começou a trabalhar com plástico em 1960, abriu seu próprio estúdio de design em 1962 e criou duas das mais famosas cadeiras da década a Ball Chair (cadeira bola em português) em 1963 e a Pastilli Chair (cadeira pastilha em português) em 1967, todas essas cadeiras utilizavam fiberglass e poliéster reforçado, por essas duas criações Aarnio foi premiado pela Association of Industrial Design. Suas cadeiras refletiam o momento e a influência da Era Espacial, lembrando cadeiras de espaçonave. Atualmente a Adelta na Alemanha comercializa as suas criações até os dias de hoje.

Blow Chair, 1967, Poltrona Inflável, dos italianos Paollo Lomazzi, Jonathan de Pas e Donato d’Urbino. Essa cadeira lançou o conceito Pop Design.
De tendência abstrata e racionalista Max Bill que foi aluno da Bauhaus e que influenciou a corrente Concreta da Arte no Brasil quando ganhou o premio da primeira Bienal de São Paulo em 1951, e Tomás Maldonado (diretor entre 1956-66), artista e designer argentino, tiveram grande influencia sobre o caminho que tomou a HfG. Os estudos para a formação em desenho industrial incluíam, desta vez, comunicação visual, arquitetura e cinema. Max Bill também influenciou o design no Brasil através de Alexandre Wollner, que foi aluno da HfG, na criação e filosofia da ESDI, Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro. Outros professores foram OIltAicher, Max Bense, Hans Gugelot e Gui Bonsiepe, que trabalhou no Programa de Desenvolvimento de Produtos do CNPq em 1981 e em 1983 nos Laboratórios Associados de Desenho Industrial LBDI em Florianópolis.
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