O tenso e conturbado período entre guerras da Alemanha serviu de palco para a aparição de uma nova escola de artes, mesclando-se duas outras escolas anteriores. Surgiria, então, sob a direção do arquiteto e idealizador, Walter Gropius, a Statliches Bauhaus (Casa da Construção Estatal).
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Lyonel Feininger, "A catedral". Xilogravura que ilustrou o 1º Manifesto da Bauhaus. |
Após a guerra, um regime republicano foi instaurado em assembléia na cidade de Weimar, que se tornou então capital do que ficou conhecido como República de Weimar. No entanto, os pesados termos de rendição alemã, impostos pelo Tratado de Versailles se fizeram sentir nos anos subsequentes. O “espírito” do povo alemão não foi recuperado e a nação passou por sérios prejuízos morais e éticos.
A falta de força da recém formada república levantou uma busca incessante por unificação e significado. Surgiram então motivações como a de Walter Gropius, que expressou o seu desejo de liderar uma escola de Artes e Ofícios em Weimar. Isso se tornou possível somente em 1919, um ano após a primeira grande guerra, com a fusão da Escola de Belas Artes e da Escola de Artes Aplicadas, sob a direção de Gropius. Eis que surgia a Bauhaus.
Com o pensamento revolucionário e mestres da Bauhaus se baseavam no princípio de uma racionalidade funcional, onde os objetos deveriam ter sua função garantida sem perder a praticidade e velocidade no processo de fabricação. Esta era uma das marcas da Bauhaus.
Parte deste processo inovador vinha de influências das vanguardas modernistas, tais como o Futurismo, Expressionismo e Cubismo que, traziam a máquina como ideal de praticidade e beleza, quebrando com as estéticas passadas, sem contar, claro, com o novo modo de pensar do século XX, que colocava na revolução industrial o alicerce para uma nova cultura de produção mecanizada e em larga escala.
Após Ser fundada, a Bauhaus enfrentou muitas etapas, em sua maioria, geradas pelo impacto causado por sua metodologia que, além de quebrar paradigmas, transcendia os valores mais conservadores da época. Logo a Bauhaus se tornaria uma das mais comentadas e mal-compreendidas escolas de design moderno de todos os tempos, sendo alvo de criticas e elogios até hoje.